Porto Seguro enfrenta um verdadeiro colapso na mobilidade urbana. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) declarou inconstitucional a lei municipal que autorizava o funcionamento das chamadas “Lotações”, transporte alternativo que há anos supria, de forma acessível e ágil, a deficiência do sistema oficial.
A decisão afeta diretamente centenas de trabalhadores que atuavam nesse modelo e agora se veem impedidos de garantir o sustento de suas famílias. A população, por sua vez, volta a depender exclusivamente das empresas Viação Porto Seguro e Águia Azul — operadoras marcadas por tarifas altas e serviços frequentemente criticados pela má qualidade, atrasos e veículos em más condições.
A responsabilidade pela organização e fiscalização do transporte coletivo urbano é do poder público municipal. No entanto, o que se vê é a ausência de políticas efetivas e a perpetuação de interesses políticos em detrimento do interesse público.
O fim das lotações aprofunda ainda mais a crise na mobilidade urbana e expõe o desrespeito com trabalhadores e usuários, que sofrem diariamente com um transporte caro, precário e ineficiente.
Cabe agora à gestão municipal apresentar soluções concretas para garantir o direito ao transporte digno, seguro e acessível à população.