Domingo, dia 03 de agosto de 2025, marcado pelas manifestações de rua em diversas cidades do país contra o ministro Alexandre de Moraes do STF, pelas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Bolsonaro por atos recentes que podem configurar coação, obstrução de investigações e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, também para a anistia dos condenados por crimes de golpe de Estado, entre outros. Além de apoio aos EUA no ataque à soberania econômica, política e jurídica contra o Brasil.
Aqui em Porto Seguro também teve manifestação, que segundo as redes sociais o número de participantes variou de 30 a 50 pessoas, gerando manchetes e comentários ironizando a quantidade.
Independente da pauta, será que a manifestação aqui ou em qualquer outra cidade é desprezível? Como se diz, atualmente, “Flopou”?
Penso que não.
Fora a defesa de crimes, é legítimo e democrático a livre manifestação popular.
As manifestações de rua dos chamados Bolsonaristas já foram maiores, mas continuam acontecendo, mesmo com a derrota nas eleições, insucesso na tentativa de golpe de 2022 e ataque à Brasília em 8 de janeiro 2023. Há evidente disposição dos seus líderes para continuarem ocupando as ruas.
Por outro lado, não se vê tanta disposição dos líderes de esquerda em promoverem manifestações públicas. Muito menos a base se mostra disposta a estar nas ruas manifestando luta por suas pautas. A comemoração do dia dos trabalhadores e trabalhadoras deste ano foi um fisco. Nem em São Paulo com a presença do presidente Lula teve boa adesão. Aqui em Porto não foi diferente.
Parece que os partidos, sindicatos e organizações, que em tese, seriam a representação popular, estão perdendo o povo. Não se recuperaram do trauma das manifestações de junho de 2013. É mais fácil encontrar revolucionários de esquerda militando no zap/zap, na academia, nos cargos públicos, mas não batendo o cartão na rua defendo as conquistas e reivindicando avanços para coletividade.
Manifestação de rua é uma importante ferramenta de luta política, na disputa por corações e mentes, que votam e decidem o rumo da nação.
Conseguir reunir 30, 40 ou 50 pessoas num domingo de chuva em Porto Seguro, não é desprezível.