SEMANA INTENSA PARA BOLSONARO: Xingamento na TV, Choro no Senado e Tornozeleira eletrônica
O ex-presidenete Jair Bolsonaro chorou na tribuna do Senado ao relatar sua situação, dizendo sentir-se injustiçado e “humilhado” com as medidas impostas pela Justiça. A cena, incomum em seu comportamento público habitual, suscitou reações mistas: aliados falaram em “injustiça política” e críticos classificaram a comoção como estratégia para angariar simpatia.
Xingamento na TV
Durante entrevista concedida a um canal de TV nesta semana, Bolsonaro xingou ao ser questionado sobre a decisão judicial, baseada em tentativa de golpe de Estado. Chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador” e classificou o processo como “censura estatal”, ressaltando que “isso é um ataque direto à minha liberdade” – palavras duras que intensificaram sua retórica de vitimização.
Tornozeleira eletrônica e restrições judiciais
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica, cumpra recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, e obedeça restrições rígidas: proibição de uso de redes sociais, contato com diplomatas e até aproximação de embaixadas A medida – justificada pelo risco de fuga e influência externa, especialmente de seus apoiadores nos EUA como o ex‑presidente Trump – foi acompanhada por busca e apreensão na sua residência e sede partidária.
Contexto e implicações
Bolsonaro é acusado de liderar um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022, com penas que podem ultrapassar 40 anos. Ato segue uma série de investigações e denúncias desde fevereiro — incluindo o inquérito sobre o chamado “Punhal Verde e Amarelo” e envio de R$ 2 milhões ao filho Eduardo, nos EUA. A tensão diplomática escalou após Trump anunciar tarifa de 50 % a produtos brasileiros e emitir carta em defesa de Bolsonaro, o que gerou retaliação do Brasil e reação negativa interna. O que vem a seguir?O tribunal agendou para setembro a próxima fase decisiva do processo, que definirá se Bolsonaro continuará enfrentando as atuais medidas ou será condenado. Até lá, ele permanece sob vigilância monitorada, com restrições severas e forte polarização política. O desfecho pode impactar profundamente o cenário eleitoral de 2026 e a dinâmica entre Brasil e EUA.